Por: Carlos César de Oliveira
O ambiente escolar, enquanto espaço de formação e construção do conhecimento, é marcado pela pluralidade cultural e ideológica que, dentro desse contexto, tem como objetivo estimular ao desenvolvimento da aprendizagem. Neste sentido, a escola torna-se um espaço dinâmico onde as várias áreas do conhecimento são organizadas e integradas, e quando somadas aos conhecimentos dos educandos contribuem efetivamente para a construção e ou ampliação do saber.
É importante observar que esse dinamismo acontece porque a escola é apenas uma célula ou um subsistema deste grande sistema chamado de sociedade. Em consequência disso, ela sofre os impactos das mudanças e das transformações sociais, políticas, econômicas e culturais que diariamente afetam a sua dinâmica.
Há, ainda, outros fatores que impactam no ambiente escolar, entre tantos é válido citar o excesso de informações veiculadas pelos meios de comunicação, a diversidade de recursos tecnológicos e a pluralidade de linguagens que os estudantes têm à sua disposição. Diante desse contexto, os educadores têm diante de si um grande desafio de lidar com essas mudanças e adequá-las ao ambiente da sala de aula, levando em consideração que este é um ambiente plural. Assim, despertar o interesse do educando pelo ensino, pela pesquisa, pela construção do saber é algo desafiador e requer dos docentes uma busca constante pelo conhecimento.
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Sem dúvidas, o exercício da docência envolve entrega, doação, pesquisa e reflexão, pois na medida em que o educador tem diante de si uma situação problema ele eleva a sua capacidade de pensar. Logo, ao levar essa vivência para a sala de aula ele despertará o interesse dos estudantes, possibilitando com que eles se sintam partícipes do processo de ensino-aprendizagem.
Entretanto, é possível observar que muitos professores ainda não despertaram para a importância do trabalho docente e o fazem de maneira que não levam em consideração os saberes dos alunos. Nota-se, muitas vezes, um conflito de gerações e de propósitos, tendo visto que o professor, de um lado, defende a prática do “eu sempre fiz assim” e os alunos, do outro, questionam-se: “isso serve para que”?
Pensando nisso, Hengemühle (2014, p.18) afirma que a educação se ateve a desenvolver práticas pedagógicas movidas por metodologias que se restringiam a transmitir, de um passado mais ou menos remoto, a fazer absorver e repetir de geração em geração, conhecimentos universalmente aceitos. Considerando essa ideia, pode-se concluir que alguns fatores vêm contribuindo para esse descompasso na escola, entre eles: o desrespeito e a desvalorização dos conhecimentos do aluno, a metodologia muitas vezes ultrapassada e obsoleta, o conteudismo exacerbado e a pouca relação entre teoria e prática.
Ao tratar da educação, vários pensadores sustentam que educar não consiste em apenas transmitir informações, mas em estimular para que o educando possa encontrar as respostas e construir seus próprios conceitos – enquanto sujeitos – à luz das teorias trabalhadas no ambiente escolar.
Para tanto, é missão do professor buscar meios para que os objetivos fins da educação sejam alcançados, isto significar dizer que para que o ensino seja eficaz é necessário que ele utilize uma linguagem que seja acessível aos alunos, capaz de possibilitar uma maior interação e, consequentemente, a ampliação dos conhecimentos, levando-os a uma maior compreensão do mudo e a encontrar respostas para os problemas do cotidiano.
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